A história da ocupação humana na região de Surubim, como em todo o Brasil, ocorreu para atender aos interesses dos colonizadores, onde a exploração dos recursos naturais deu-se sempre sem nenhuma preocupação com a sustentabilidade dos ecossistemas.
O povoamento do interior nordestino deu-se ao longo dos rios, com a procura de áreas para formação de pastos e criação de gado. A pecuária foi, portanto, desde o início, motivação para a ocupação populacional do agreste e sertão, assim como da derrubada das matas nativas ou da caatinga para transformação em áreas de pasto bovino.
A agricultura de subsistência, atividade econômica complementar à sobrevivência da população, foi, desde o início do povoamento da região, praticada nos moldes tradicionais, com muitas queimadas, sem nenhum cuidado com a preservação do solo, desnudo e exposto aos agentes erosivos.
Da Fazenda do Boi Surubim ao centro urbano atual, as atividades humanas de desmatamento e exploração da terra até o descuido com a destinação final dos resíduos sólidos e a falta de saneamento tem desenhado uma realidade ambiental que exige mudança de valores e atitudes frente ao desafio do desenvolvimento sustentável.